Definir as prioridades certas é algo importante tanto na vida pessoal quanto em uma empresa. Entretanto, muitas vezes não é tão fácil se concentrar nas coisas certas. A questão crucial é: qual é a coisa certa a fazer - e qual seria a coisa errada em que você deveria se concentrar?

Mesmo para os alunos, é importante que eles tomem as decisões corretas sobre o que aprender. Por exemplo, se você quiser saber tudo, de preferência explicar o universo, e depois decorar um livro didático inteiro para uma prova, você se esquecerá de muitas coisas no exame e os professores deduzirão notas porque você citou um livro didático em vez de explicar as coisas com suas próprias palavras. Entretanto, se você já priorizou seu aprendizado e se restringiu ao conteúdo importante, terá mais facilidade para estudar e se sairá melhor, pois poderá deduzir muito do que ainda falta do que aprendeu e, até certo ponto, reconstruí-lo livremente em sua cabeça.

De qualquer forma, uma decisão deve estar alinhada com a estratégia pessoal e os valores pessoais. Fazer algo que vai contra seus valores não faz sentido algum, pois você estaria fazendo o trabalho mais mal do que bem feito. Fazer algo que vai contra seus valores simplesmente por fazer raramente leva ao sucesso e, em última análise, é contraproducente porque paralisa você.

Para que você possa definir as prioridades corretas, desenvolvi um método que facilita a priorização de tarefas, desejos ou planos. Em vez de apenas priorizar uma tarefa com uma letra A, B, C ou D, levo em conta o sucesso esperado e a dificuldade de resolver uma tarefa ao priorizá-la.

Isso permite que você reconheça rapidamente quais tarefas realmente valem a pena. E quais são melhores deixar para depois ou não fazer nada.

Para fazer isso, eu crio um espaço bidimensional com duas linhas retas em uma folha de papel (ou na tela). Uma aponta horizontalmente e a outra verticalmente. Agora, todas as tarefas futuras podem ser organizadas nesse espaço.

No canto inferior esquerdo está o jogo de soma zero. As tarefas que não geram nada e são muito difíceis de realizar estão posicionadas aqui. Eu marco essas tarefas com o número zero.

Se você dividir suas tarefas com a ajuda desse gráfico, poderá priorizá-las muito melhor:

No canto inferior direito estão as tarefas que são difíceis, mas que também trariam muitos benefícios. Essas tarefas estão marcadas com "P" porque são adiadas.

No nível superior, as coisas começam a se tornar mais concretas e interessantes. No canto superior esquerdo estão as tarefas que são fáceis, mas que não trazem tantos benefícios. Eu as classifico com a letra "B".

Por fim, no canto superior direito estão as tarefas do tipo "A", que são muito gratificantes, mas não muito difíceis nem demoradas. É claro que essas tarefas devem ser concluídas imediatamente.

As tarefas do tipo "B" (simples, mas não muito úteis) podem ser concluídas no meio se você não quiser trabalhar um pouco mais intensamente em algo específico.

É importante que você entenda que as tarefas do tipo "A" e "B" não precisam ser todas igualmente fáceis ou concluídas rapidamente. Em vez disso, isso depende da relação entre receita e esforço, levando em conta as possibilidades atuais. Se essa proporção for alta em favor da receita e a situação atual possibilitar a execução dessa tarefa, ela será ponderada e priorizada de acordo.